Peça vai reproduzir no Ipiranga o grito da Independência

Com Murilo Rosa como d. Pedro I e Deborah Secco como Maria Leopoldina, espetáculo gratuito será encenado na frente do museu

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Por Redação
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"Independência ou morte." Para celebrar os 190 anos do histórico grito de d. Pedro I, que libertou o Brasil de Portugal às margens do Riacho do Ipiranga, uma peça será encenada ali mesmo neste domingo, a partir das 11h30, no Parque da Independência, na frente do Museu Paulista.Com status de megaprodução, a montagem envolve 25 atores - entre eles, Murilo Rosa, como d. Pedro, e Deborah Secco, como a princesa Maria Leopoldina - e 250 outros profissionais. A entrada é grátis.Auto da Independência, organizado pela Associação Comercial de São Paulo, pretende entrar para o calendário da cidade, tornando-se atração fixa anual. É a primeira vez que o episódio é encenado no mesmo local onde a Independência foi proclamada. Na programação, também há espetáculos de dança e música. Os ensaios vêm ocorrendo há um mês sem a presença do casal protagonista, que está se preparando no Rio e só amanhã fará um ensaio geral com o resto da equipe. "Trata-se de uma experiência única. São quatro atos, ao longo de todo o dia", conta o diretor Nelson Baskerville, ganhador do Prêmio Shell de Teatro 2012, lembrando que a previsão é de que o espetáculo seja encerrado por volta das 18h. "Este mês de trabalho foi bastante intenso. A complexidade é tanta que eu comparo isso a dirigir uma ópera, não uma peça de teatro."História. No papel de d. Pedro, Murilo Rosa já tem experiência nesse tipo de espetáculo, chamado de "teatro-show". Ele já foi Jesus Cristo na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco, e Giuseppe Garibaldi em uma encenação em Laguna (SC). "Quando encenamos esses períodos, valorizamos nossa cultura e não deixamos desaparecer um pedaço da história." Para Murilo, todo o espetáculo será uma grande aventura. "Em encenações como essa, geralmente gravamos os diálogos antes. No domingo, faremos tudo ao vivo, no gogó. Dá um friozinho na barriga." O ator vê seu personagem como herói. "Não foi uma decisão fácil para ele. D. Pedro I se tornou símbolo pela atitude que tomou."Baskerville comenta que teve muita liberdade para montar a encenação. "E a locação é perfeita. Afinal, estamos reproduzindo a história no local onde ela realmente aconteceu." / EDISON VEIGA e JULIANA DEODORO

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