15 de novembro de 2012 | 02h05
Na sequência, o PCC cresceu, assim como a massa carcerária. Vinte anos após o massacre do Carandiru, São Paulo ainda não conseguiu resolver o impasse da política penitenciária e de segurança. Em 1988, havia no Estado 65 presos por 100 mil habitantes, total que foi multiplicado por oito em pouco mais de duas décadas, chegando a 418 por 100 mil em 2010. Nos últimos dez meses, o total de 180 mil presos chegou a 195 mil - 1,9 preso por vaga.
O rápido crescimento da população prisional e as más condições estimularam lideranças do crime a encontrar formas de ordenar o convívio nos presídios. É por isso que o PCC ganhou legitimidade e poder no universo criminal - justamente quando a população carcerária crescia exponencialmente.
A permanência desse modelo rende agora um impasse, uma vez que as polícias prendem cada vez mais. E hoje, considerando os familiares dos detentos, pelo menos 1 milhão de pessoas já vive em função da rotina dos presídios.
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