11 de outubro de 2013 | 02h00
O PCC começou a ganhar legitimidade justamente quando passou a se vender como a "Justiça" desse mundo das sombras, fato que ocorreu depois da popularização dos celulares, nos anos 2000. Isso facilitou o diálogo do lado de dentro com o de fora das prisões.
As lideranças das cadeias são respeitadas porque, em São Paulo, a carreira no crime costuma a reservar longas temporadas nas prisões. Ninguém quer cumprir pena com inimigos babando no cangote. "Correr pelo certo" e "respeitar o proceder" se tornaram uma forma de evitar inimizades entre aqueles que querem sobreviver roubando. Dessa maneira, a capacidade do PCC para mediar no crime aumentou. A facção cresceu nas brechas criadas pelo sistema.
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