18 de outubro de 2010 | 00h00
O congresso que tomou o Masp
O prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, foi inaugurado em 1968 e tornou-se um símbolo da cidade. Dois anos depois, em 1970, o espaço foi sede de um evento histórico que nada tinha a ver com quadros: ali ocorreu o 5.º Congresso Internacional de Psicodrama - terapia de grupo baseada em representação dramática.
"O assunto era uma grande novidade em São Paulo naquela época", lembra o psiquiatra Wilson Castello de Almeida, que participou do evento - na época, era médico residente do Hospital das Clínicas - e assina o prefácio do livro Masp 1970: O Psicodrama, recém-lançado pela Editora Ágora.
O congresso foi realizado no Masp porque uma das organizadoras do evento se tornou amiga de Lina Bo Bardi (1914-1922), arquiteta responsável pelo prédio e mulher de Pietro Maria Bardi (1900-1999), fundador e diretor da instituição. Originalmente, a ideia era promover o evento no Teatro Municipal, mas entraves impediram o uso do espaço. O Masp surgiu como opção interessante, principalmente pela localização já efervescente. "Aquelas 3 mil pessoas movimentaram muito a Avenida Paulista", recorda-se Almeida. "E, por estarmos em tempos de ditadura, é claro que o evento foi bastante vigiado."
Só São Paulo tem...
A capital da cultura conta com
260 salas em 55 cinemas
90 museus
160 teatros
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