
23 de agosto de 2010 | 00h00
Pelo próprio nome, porém, já é possível imaginar o receio das pessoas com relação aos riscos de contágio. De acordo com o Código Sanitário de 1894, apenas as ambulâncias podiam transportar os doentes até o hospital (na foto, observa-se um carro de 1918). Em caso de doença infecto-contagiosa, a internação no Hospital de Isolamento era obrigatória.
Mas as famílias desses doentes tentavam dar seus jeitinhos. Por vergonha, não queriam que a ambulância fosse até suas casas - imagine só a fofoca que iria rolar na vizinhança! Então era comum que, desafiando a lei, preferissem ir ao hospital de bonde.
Esta é uma das histórias contidas no recém-lançado livro Do Lazareto dos Variolosos ao Instituto de Infectologia Emilio Ribas, da Editora Narrativa Um, que celebra os 130 anos da instituição.
OLHA SÓ...
Pequena São Paulo
O primeiro censo brasileiro foi realizado em 1872. Naquela época, a capital paulista contava com apenas 31.385 habitantes - o último, de 2000, registrou 10,4 milhões. Anteriormente, São Paulo já havia passado por recenseamentos estaduais em 1765, 1777, 1798 e 1836.
Gringos
Em 1872, 2.459 moradores de São Paulo eram estrangeiros - quase 8% da população, portanto. Em 2000, os gringos que adotaram a capital paulista somavam 195 mil - menos de 2% dos habitantes.
Sexos
A proporção homem-mulher também mudou. Em 1872, era praticamente de um para um. O levantamento de 2000 apresentou outra realidade: nove homens para cada dez mulheres.
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