Paulista foi quem mais viajou na Copa

No total, 3.056.397 pessoas se movimentaram pelo Brasil durante os jogos, a maioria (67,2%) por destinos que ainda não conhecia

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A Copa do Mundo incentivou o movimento turístico interno no Brasil. No total, 3.056.397 pessoas se movimentaram pelo País, a maioria (67,2%) por destinos que ainda não conhecia, segundo pesquisa do Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. O maior grupo foi de paulistas.

PUBLICIDADE

Segundo a pesquisa, 858.825 viajantes saíram de São Paulo - 544.268 pernoitaram no destino e outros 314.557 retornaram no mesmo dia. O segundo Estado de onde mais saíram turistas foi o Rio, com 260.527. Na sequência vieram os baianos, com 220.021, seguidos dos mineiros, com 204.425. “Isso mostra que nós temos ainda um espaço tremendo para crescer no mercado interno turístico. Mais brasileiros precisam conhecer o nosso País e eventos dessa magnitude permitem essa circulação de brasileiros”, disse o ministro do Turismo, Vinicius Lages. 

A pesquisa entrevistou 6.038 brasileiros nas proximidades dos estádios, aeroportos e atrativos turísticos, além de rodoviárias e Fan Fests. A avaliação dos turistas sobre estádios e infraestrutura foi positiva. Segundo a pasta, os índices positivos variaram entre 90% a 80% para a cidade e entre 30% a 90% para os estádios. As melhores avaliações das cidades-sede envolveram receptividade e atendimento com 90,5% de satisfação. O índice mais baixo foi o de limpeza, com 70,3% de avaliação positiva. 

Rio. Somente os turistas que estiveram no Rio para a Copa do Mundo deixaram na cidade R$ 4,4 bilhões. Em média, os estrangeiros que visitaram o Rio passaram nove dias e gastaram R$ 639,52 em cada um deles. Ao todo, 886 mil pessoas estiveram na capital fluminense, desses 471 mil vieram de outros países. Entre os estrangeiros, 98,8% disseram que tiveram as expectativas atingidas ou superadas e 98,3% recomendariam a cidade como destino. 

Os argentinos foram maioria durante a Copa, com 77 mil pessoas. A seguir vieram Chile (45 mil), Colômbia (31 mil), Equador (24 mil), Estados Unidos (24 mil), França (16 mil), México (15 mil), Inglaterra (10 mil) e Alemanha (10 mil). Historicamente, Argentina e Estados Unidos são os países de onde partem o maior número de turistas. “Foi a Copa da América do Sul. Esse público ajudou nessa atmosfera vibrante, que contagiou em todos os lugares, não só em Copacabana”, afirmou o secretário de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello,. 

De acordo com Figueira de Mello, a prefeitura foi surpreendida com a chegada de sul-americanos em carros e motorhomes. “Mas tivemos uma resposta rápida. Nenhuma outra cidade ofereceu espaços públicos, com banheiros.” Ao todo, 900 veículos foram recebidos no Terreirão do Samba, Sambódromo e Feira de São Cristóvão. Os turistas têm até hoje para deixar os locais. Sobre banheiros danificados e paredes pichadas, o secretário comparou com o fim de festa dada em casa. “Sempre se quebra um copo, cai vinho no sofá. E vai ter alguma coisa que vai precisar limpar.” 

Sem dinheiro. A presença maciça de argentinos com pouco dinheiro na cidade foi criticada pelo presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem, seção Rio , George Irmes. “O que aconteceu no Terreirão é a coisa mais degradante. Aquelas barracas de R$ 10 das Lojas Americanas, e aqueles argentinos sentados nas cadeirinhas de R$ 5 também das Lojas Americanas ou da Magal... é chocante. Vou ser sincero com vocês. Sou agente de viagens há 50 anos e não quero turista assim, não. A Espanha proibiu a entrada desse tipo de turista, porque esses caras não gastam dinheiro. Fico triste por estarmos cercados de primos pobres”, disse. / CLARISSA THOME

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.