Parentes de vítimas foram informadas sobre toque de recolher
Oito pessoas foram mortas em um bar e 2 ficaram feridas; hipótese sobre participação da PM nos ataques está sendo investigada
Por Rafael Italiani
Atualização:
OSASCO - Os parentes de vítimas das chacinas em Osasco e Barueri afirmaram que os comerciantes e moradores no entorno do bar onde oito pessoas foram executadas receberam a informação sobre um toque de recolher.
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"Eu não estava sabendo disso e me falaram depois do ataque", disse a manicure Angela Maria Pereira de Souza, de 33 anos. Ela era casada havia 12 anos com o metalúrgico Jonas dos Santos Soares, de 33 anos, que foi assassinado enquanto tomava cerveja.
"Eu cheguei a ir ao bar pedindo para ele voltar para casa. Sempre fiz isso. Agora que caiu a ficha de que eu poderia ter sido morta também." Na quinta, Soares estava de folga do trabalho.
Ataques em Osasco e Barueri
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Ataques em Osasco e Barueri
Dezenove pessoas morreramapós ataques nas cidades de Osasco e Barueri Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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A polícia está investigando o caso, e trabalha com a hipótese de os ataques terem relação entre si Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ataques em Osasco e Barueri
Esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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O primeiro ataque registrado pela polícia aconteceu às 20h49 Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Em menos de duas horas, a Polícia Militar registrou assassinatos em oito endereços diferentes em Osasco e outros dois na cidade de Barueri Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Ainda não há informações da polícia sobre o que poderia ter motivado os crimes Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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A investigação é feita pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, e concentrada no 10º DP de Osasco Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Há a suspeita de que as mortes tenham ocorrido em reação ao latrocínio de um policial militar em Osasco e um guarda civil metropolitano em Barueri Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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A polícia encontrou várias cápsulas nos locais dos crimes, de armas de calibre 38, .380 e uma pistola 9 mm. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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Esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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Esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
A mesma informação sobre toque de recolher chegou para o ajudante Jean Fabio Lopes, de 34 anos. Ele era companheiro havia cinco anos do artesão Eduardo Oliveira dos Santos, de 41 anos, também executado enquanto tomava cerveja no bar.
"Eu estava no trabalho quando me disseram que algo grave tinha acontecido. Cheguei ao bar e vi ele morto, sentado na cadeira sem nenhum sinal de reação para fugir", disse o ajudante. Segundo ele o artesão era filho único e não tem família. "Era só eu e ele."
Antecedentes. Os parentes das vítimas disseram que os criminosos perguntaram no bar se alguém tinha antecedente criminal. A resposta de "sim" resultou na primeira das mortes: o assassinato do ajudante Igor Silva Oliveira, de 19 anos.
No ano passado, ele assinou um termo circunstanciado (crime de menor potencial ofensivo) por uso de drogas. "Levaram ele para a delegacia e liberaram no mesmo dia. Ele foi morto por causa de um baseado (cigarro de maconha)", contou o pai do jovem, o motorista Carlos Antonio de Oliveira, de 46 anos. Os parentes das três vítimas estão no Instituto Médico Legal (IML) de Osasco.