21 de julho de 2007 | 08h18
Peritos criminais especialistas em DNA do Instituto Médico Legal do Estado de São Paulo acompanharão neste sábado, 21, equipes do Instituto Médico Social e Criminológico do Estado de São Paulo nos hotéis onde estão hospedados parentes das vítimas do acidente aéreo envolvendo a Airbus A-320 da TAM no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O objetivo da visita é colher sangue destes familiares para possíveis exames futuros de DNA que venham a ser necessários para identificação de alguns corpos. Lista de vítimas do acidente do vôo 3054 O local do acidente Quem são as vítimas do vôo 3054 Histórias das vítimas do acidente da TAM Galeria de fotos Opine: o que deve ser feito com Congonhas? Cronologia da crise aérea Acidentes em Congonhas Vídeos do acidente Tudo sobre o acidente do vôo 3054 Os exames começam a ser feitos às 9 horas. O primeiro hotel a ser visitado pelos peritos é o Quality, onde estão os familiares dos funcionários da companhia aérea que foram mortos no acidente. Às 12 horas, os peritos estarão no hotel Blue Tree do Brooklin e às 15 horas, no Blue Tree da Faria Lima. A Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo esclarece que ainda não há nenhum caso em que haja necessidade concreta de tal exame. No entanto, a precaução será tomada para que estes parentes possam voltar para suas casas seguros de que não precisarão retornar à cidade de São Paulo apenas para uma coleta de sangue. Até a noite desta sexta-feira, 20, o IML havia identificado 41 corpos de vítimas do acidente. Os últimos a serem reconhecidos foram Fabiano Rosito Matos e Nelly Elly Priebe. Processo demorado - O IML vai recorrer aos exames de DNA para identificar a maior parte das vítimas do acidente. Mais cara, demorada e precisa, a técnica pode prolongar a espera dos familiares por até dois meses. Para acelerar o processo, o IML pode contar com a ajuda de 16 laboratórios no País. A oferta foi feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que também vai arcar com despesas de pessoal e material de outros Estados enviados à capital. Perito do Instituto de Criminalística de Curitiba (PR), considerado o mais avançado da América Latina, Hemerson Bertassoni Alves estima que, para cada família do acidente, a identificação custe de R$ 2 mil a R$ 3 mil. Apesar de o processo ser lento, ele explica que são quase remotas as chances de que alguma vítima acabe ficando sem identificação. Dificuldade - O Corpo de Bombeiros retirou ontem, até as 20h45, mais sete sacolas dos prédios da TAM Express. Em uma deles foi colocado um corpo; nas outras seis, apenas fragmentos de corpos. No total, já foram retiradas dos escombros 214 sacolas. Os bombeiros preferem contar o número de sacolas porque, em muitos casos, são encontradas apenas partes dos corpos. Isso dificulta a contagem do número de vítimas do acidente, que já é considerado o maior da história aérea do País.
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