Para Haddad, há um ‘choque de cultura’ em relação a ciclovias

Prefeito de São Paulo disse que 'forças conservadoras' atuam na cidade, mas que 'rapidez de adaptação é notável'

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Por Caio do Valle
Atualização:

SÃO PAULO - O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta terça-feira, 7, que “forças conservadoras” atuam na cidade de São Paulo, mas “a rapidez da adaptação é notável”. A afirmação foi feita ao analisar o impacto e a aceitação das ciclovias - desde junho, sua gestão entregou 82,9 quilômetros de vias exclusivas para bicicletas. “Daqui para frente, toda ponte terá de ser pensada neste sentido (de receber ciclovias).”

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Haddad disse que, em um primeiro momento, houve um “choque de cultura”, mas que a população depois entendeu e aprovou a iniciativa de ampliar a quantidade de ciclovias (anteriormente, a capital tinha apenas 63 quilômetros, menos do que cidades como Rio e Bogotá, por exemplo).

“São 50 anos de uma tradição. E você não muda 50 anos de história em 50 dias. Você precisa de um pouquinho mais de tempo. Agora, acho que a reação está sendo muito positiva. Acho que as pessoas reclamam de um suposto conservadorismo do paulistano. Eu acho que é o contrário. Acho que a rapidez da adaptação é que é notável.”

“Não existem obstáculos insuperáveis. Temos de dar cada vez mais para o paulistano as condições de ele repensar os seus hábitos, a sua mobilidade”, continuou o petista. Para ele, pedestres, ciclistas e usuários de transporte público devem ser estimulados a continuar nesses modais. “Eles contribuem com a funcionalidade da cidade. E é isso que está acontecendo.” 

Democracia. Para o prefeito paulistano, no entanto, há outros interesses em jogo. “Atuam sobre a cidade forças conservadoras, mas, efetivamente, esta cidade já deu provas de que sabe ousar. Por que nem sempre ousa? Porque atuam sobre a cidade forças conservadoras. E nós sabemos que existem, são legítimas e democráticas.” 

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