Papéis com memória do Estado se desmancham

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Por Redação
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No Museu Histórico-Pedagógico Affonso de Taunay, em Casa Branca, a 230 km da capital, 150 mil documentos do século 19 que comprovam a fundação de oito municípios e o processo de interiorização do Estado literalmente se desmancham. Na cidade, não há arquivo municipal. A situação só não é pior pelos esforços do museólogo Adolpho Lenharo que, desde 2000, começou a coletar documentos do fórum, da delegacia, da Câmara e da prefeitura. No ano passado, Lenharo até conseguiu convencer vereadores a aprovarem a fundação de um arquivo municipal - criado por lei, mas que nunca saiu do papel. Em Cunha, cidade que foi palco da Revolução de 1932, boa parte da história se perdeu. Toda a documentação da cidade entre sua fundação, em 1758, e 1961 foi consumida num incêndio na prefeitura, naquele ano. Hoje, os papéis que restaram - resgatados do fórum e produzidos entre 1785 e 1970 - continuam em local inadequado. Ficam em uma saleta no centro de cultura da cidade, sem catalogação nem climatização. O arquivo municipal, criado em 2008, jamais foi construído.

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