13 de fevereiro de 2014 | 23h00
SÃO PAULO - Mais uma vez o Metrô de São Paulo foi paralisado, no meio de horário de pico, por causa de uma falha técnica. Nesta quinta-feira, 13, o problema foi na Linha 5-Lilás, que atende a zona sul, e ficou com as seis estações em operação fechadas a partir das 18h37. Assim como ocorreu na semana passada na Linha 3-Vermelha, passageiros sem transporte caminharam sobre os trilhos. Mas não houve registro de tumultos que justificassem a paralisação prolongada.
A origem do problema, segundo o Metrô, foi o rompimento de um cabo da rede elétrica na região da Estação Giovani Gronchi. O Metrô não informou se o incidente teve relação com a chuva que atingiu a cidade. Também não foi informado se os reparos estariam finalizados até a operação desta sexta começar.
Passageiros reclamaram de falta de informação e do número limitado de ônibus colocados à disposição. Houve muita fila nas paradas.
A situação foi pior na Estação Santo Amaro. Ali, passageiros que chegavam da conexão com a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foram orientado a caminhar até ônibus do Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese). "Não estavam orientando nada. Só queriam tirar a gente da estação para não ficar lotado na plataforma", disse a monitora de eventos Clarice Carvalho, de 25 anos.
Não havia funcionários do Metrô do lado de fora da estação para orientar o embarque. Como resultado, a cada chegada de coletivo, as pessoas que esperavam na calçada se aglomeravam, furando fila e brigando, para entrar os coletivos. Os ônibus demoravam a sair, porque os motoristas não conseguiam fechar as portas, ou acabavam saindo com as portas abertas e gente pendurada.
Vendo a confusão, o analista de infraestrutura Leandro dos Santos de Oliviera, de 27 anos, preferiu caminhar até o Terminal Largo 13, da SPTrans, e pegar um ônibus comum - pagando mais uma tarifa - para tentar chegar cedo em casa. Não deu.
"Levo geralmente 40 minutos no trajeto. Hoje, demorei duas horas e meia", disse. Ele trabalha na Avenida Guido Caloi, na frente de um dos acessos à estação, e mora no Capão Redondo.
Por causa da paralisação e também da chuva, todas as linhas do sistema metroviário operaram na noite desta quinta com velocidade reduzida
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