
07 de outubro de 2010 | 00h00
As medições foram aprovadas dia 29 pelo Conselho de Meio Ambiente, com ressalva de que não garantem ruídos abaixo do limite permitido pelo Programa de Silêncio Urbano (Psiu).
O alvará para ampliação foi levado ontem pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) ao Hospital Sírio-Libanês, onde o presidente licenciado do clube, Luiz Gonzaga Belluzzo, está internado. Segundo Kassab, a arena deve ser opção para a Copa 2014. "Com o novo estádio, São Paulo oferece duas opções sem ser para a abertura (a outra é o Morumbi) e uma para a abertura (o Corinthians)."
A aprovação do relatório da emissão de ruídos era o último impasse para as obras. O projeto aguardava liberação desde 2007. Em abril, o Palmeiras conseguiu a Certidão de Diretrizes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), conforme o Estado revelou com exclusividade.
Mas a intervenção parou após moradores entrarem com ação no Ministério Público. O MP cobrou estudos sobre o impacto do barulho dos eventos na arena, segundo determina o Código de Obras. O Cades então exigiu os relatórios, produzidos pelo clube. No documento, o Palmeiras se comprometeu a controlar o barulho com "abafadores de som" de alta tecnologia.
"Não fizeram nenhuma melhoria na infraestrutura do bairro com os R$ 80 milhões que estão no caixa da Operação Urbana Água Branca e agora liberam ampliação no Palmeiras. É um absurdo", critica Maria Antonieta Lima e Silva, da Associação de Moradores da Vila Pompeia.
Sobre a movimentação de caminhões e o destino do entulho, outras preocupações dos vizinhos, a Prefeitura diz que o clube precisa montar um estacionamento interno e levar resíduos diariamente a aterros particulares. A autorização também determina que o Palmeiras construa um reservatório para evitar acúmulo de água da chuva na área.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.