30 de julho de 2011 | 00h00
Tradição e vanguarda se encontraram no primeiro dia do Paladar - Cozinha do Brasil. As salas ficaram lotadas o dia todo. O encontro, que vai até amanhã no Hotel Grand Hyatt São Paulo, reúne cozinheiros e especialistas em vinhos, café e cerveja no maior evento do País sobre gastronomia brasileira.
Ontem, a programação teve 15 atividades, entre workshops, degustações e palestras. O público provou cafés de variedades raras, doces feitos com frutos do Cerrado, vinhos nacionais e até insetos trazidos por Eduardo Maya, da Conspiração Gastronômica, entidade dedicada ao resgate de ingredientes de Minas Gerais.
A diversidade marcou o primeiro dia, que teve a participação de chefs de Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo. Pela manhã, Edinho Engel surpreendeu o público ao fazer uma harmonização de feijões pouco conhecidos com ingredientes como galinha-d"angola, pato e faisão. A moqueca de ovo com feijão mulatinho foi um dos pontos altos da aula.
Bárbara Verzola e Pablo Pavon, de Vitória, prepararam camarão de água doce usando técnicas contemporâneas. Felipe Ribenboim e Gabriel Broide fizeram cajuína de cambuci, seriguela e açaí - menos de caju.
Já o especialista em cafés Ensei Neto fez um resgate histórico de regiões onde o café perdeu espaço para outras culturas e praticamente desapareceu. Nilo Bugarelli, de São Miguel dos Milagres (AL), trouxe para a aula com Carla Pernambuco um molusco chamado massunim e mel de flores de fruta do mangue.
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