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País bate recorde histórico de acidentes na aviação civil

Os dois casos com mais mortes envolveram helicópteros, mas especialistas destacam queda no nº de mortes

Por BRASÍLIA
Atualização:

A aviação civil brasileira fechou 2012 com um novo recorde de acidentes de aviões e helicópteros. Houve 168 registros no ano passado, ante 159 em 2011, aumento de 5,6%. Os números vêm crescendo na última década - o total de registros em 2002 foi de 61. É o maior número da série histórica e oficial, iniciada em 2000.Apesar disso, houve queda no número de mortes: 71, ante 90 em 2011, conforme divulgado ontem pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O órgão destaca que os números são preliminares e ainda serão revisados.O número de acidentes com avião também é o recorde da década: 146 - foram 53 em 2002. Já o número de acidentes com helicópteros caiu de 27 para 22 - os dois casos com maior número de mortes (8 em cada), no entanto, envolveram helicópteros.Em entrevista à imprensa, após a divulgação dos números, o brigadeiro Luis Roberto do Carmo Lourenço, chefe do Cenipa, fez questão de destacar que a aviação comercial brasileira chegou ao maior nível de segurança dos últimos anos. "Mas há a preocupação de melhorar a segurança nos casos de aviões, helicópteros e táxis aéreos particulares, além dos aviões que trabalham na agricultura.""O número de acidentes ter subido é sempre ruim, mas o que importa é que as fatalidades diminuíram. Isso significa que há uma melhoria geral, um cuidado, uma fiscalização maior", afirma o engenheiro aeronáutico da USP Jorge Leal Medeiros. "De toda forma, ainda temos muito o que melhorar. Estados Unidos e Europa têm uma aviação mais segura que a nossa." Canetas como ameaça. Entre os outros riscos à aviação relatados em 2012 estão até uso de canetas a laser na área de aeroportos. Até a véspera do Natal, o Cenipa registrou 1.624 casos em todo o País, ante 250 em 2011. Segundo relatos - feitos de forma online ao centro, como ocorre no caso dos incidentes envolvendo aves -, as consequências vão de distração dos pilotos (782 casos) a cegueira temporária (46 casos). A maioria (942) ocorre na aproximação final, quando o avião está a 500 metros do chão. / COLABOROU NATALY COSTA

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