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Pai pretende vender bens para defender filha no Japão

Segundo informou o Consulado Geral do Japão em São Paulo, a detenta ficará incomunicável durante 20 dias

Por Tatiana Favaro e da Agência Estado
Atualização:

Proprietário de uma bicicletaria em Paulínia (a 126 quilômetros de São Paulo), José Milton Coelho Macedo disse estar disposto a vender seu estabelecimento comercial, avaliado em R$ 80 mil, e a chácara onde mora, no Parque da Represa, no valor de R$ 200 mil, para pagar a defesa da filha Karina Kato Macedo, 29 anos. A estudante foi presa em Shizuoka, no Japão, no dia 28 de junho, suspeita de participar de um homicídio. A vítima era o operário Rodolfo Roque Chaves, brasileiro e ex-marido de uma amiga de Karina no Japão, segundo informaram os familiares da garota. De acordo com os irmãos de Karina, que vivem no Japão há dez anos, há informações preliminares de que o rapaz teria sido morto por duas pessoas - um homem e uma mulher, suspeita de ser a ex-mulher de Chaves. A vítima teria sido espancada e tido ferimentos graves na cabeça. "A única informação concreta mesmo que tive é a de que minha filha estava no local do crime. Duvido que ela esteja envolvida", afirmou o comerciante, que deve desembolsar uma quantia equivalente a R$ 60 mil para pagar a primeira fase da defesa da filha, ainda sob a guarda dos policiais japoneses. Segundo informou o Consulado Geral do Japão em São Paulo, a detenta ficará incomunicável durante 20 dias, a contar da data da prisão. Após esse período, a família será informada do trâmite legal a ser seguido. "Temos parentes lá no Japão, mas até o Itamaraty nos informou que esse isolamento é procedimento onde ela está e não podemos falar com ela", afirmou Macedo. O pai de Karina lamenta a ida da filha, que cursou até o 3º ano de Engenharia Mecânica e tinha um pequeno comércio, antes de deixar o País, há cerca de dois anos. "Ela não precisava ter saído do Brasil", afirmou Macedo. A família do comerciante no Japão disse não ter conseguido detalhes sobre parentes de Chaves no Brasil.

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