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Operação prende três policiais civis acusados de extorsão em Rio Claro

Segundo o MP, investigadores exigiram R$ 15 mil para soltar três pessoas presas e ameaçaram as vítimas e seus familiares

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Uma operação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo e da corregedoria da Polícia Civil do Estado prendeu, nesta quarta-feira, 13, três investigadores acusados de extorsão contra supostos investigados, em Rio Claro, no interior de São Paulo.

Os nomes dos policiais civis presos não foram divulgados Foto: Demacro/Polícia Civil

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De acordo com o MP-SP, as investigações da Operação Abutre tiveram início depois que os policiais exigiram dinheiro para soltar três pessoas presas, sob a ameaça de "arrumar para a cabeça" delas, caso não pagassem os valores exigidos. Após receber R$ 15 mil, os policiais passaram a pressionar e atemorizar as vítimas e seus familiares.

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Durante as investigações, foram coletadas provas, como imagens de câmeras de monitoramento, comprovantes de saques bancários e depoimentos de testemunhas. O juiz da 3ª Vara Criminal de Rio Claro decretou a prisão preventiva dos três suspeitos e autorizou buscas e apreensões em suas residências e locais de trabalho. Foram apreendidos R$ 16,5 mil em dinheiro, extratos bancários, comprovantes de depósitos em nome de terceiros, com valores acima de R$ 300 mil. Foram localizados documentos de veículos como uma Mercedes-Benz C180, relógios de valor, um drone e contratos de compra e venda de imóveis, demonstrando patrimônio incompatível com a renda dos suspeitos.

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Também foram encontradas munições irregulares e até um porções de maconha. Dois investigados tinham um arquivo digital com cópia integral de operação recente realizada na cidade, que resultou em buscas e prisões. O automóvel importado adquirido por um dos investigados estava no estabelecimento comercial de uma pessoa presa naquela ocasião, o que indica que pode ter sido objeto de extorsão.

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Os nomes dos policiais presos não foram divulgados, o que impossibilitou o contato da reportagem com suas defesas.

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