15 de julho de 2013 | 10h33
Texto atualizado às 19h
SÃO PAULO - A Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público realizaram nesta segunda-feira, 15, uma operação para desarticular um grupo de policiais civis que é acusado de roubo, corrupção e extorsão mediante sequestro. Até o final desta tarde, sete pessoas, entre elas dois delegados, haviam sido presas. Seis policiais foram detidos em São Paulo e um em Campinas.
Um dos delegados detidos é o supervisor da unidade de investigações do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Clemente Castilhone Junior. Segundo seu advogado, João Batista Augusto Filho, não foi informado o motivo da prisão. Promotores realizaram, por cerca de quatro horas, buscas dentro da sede do Denarc, um dos mais importantes departamentos da Polícia Civil de São Paulo. Na saída, o promotor Amauri Silveira Filho, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Campinas, informou que haverá uma segunda etapa da operação em São Paulo, em Campinas e em uma terceira cidade não divulgada.
Uma das suspeitas é de que os acusados tenham deixado vazar informações para investigados do tráfico antes das operações de prisões. Segundo Silveira, o inquérito começou em outubro do ano passado, quando uma mulher informou que foi extorquida ao ser detida pela policia.
Para a operação desta manhã foram expedidos 13 mandados de prisão, 11 em São Paulo e 2 em Campinas. As investigações foram conduzidas pelo Gaeco de São Paulo e de Campinas. Os detidos foram encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil.
Em nota, a Polícia Civil afirma que a corregedoria "já adotou todas a providências legais cabíveis, instaurando procedimentos para apurar a conduta individual de cada policial envolvido na investigação". "A Polícia Civil de São Paulo não compactua com qualquer tipo de desvio ou pratica de ilícito por parte do policiais da instituição."
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.