
19 de novembro de 2010 | 00h00
O feito da PPP de Kassab - o caminho que encontrou para cumprir promessas de eleição - já tem o recorde de ser a maior do País e a terceira na área de saúde, envolvendo R$ 6 bilhões. E quem vai arcar com este ônus não será ele. O encargo começará a pesar quando o mandato de seu sucessor estiver no fim. Quem ficará com o verdadeiro ônus serão as próximas nove administrações.
Não se busca aqui discutir o mérito da proposta de se ampliar o atendimento da rede municipal de saúde. O que não se pode aceitar é lançar um projeto dessa magnitude, atropelando aspectos constitucionais, vendendo ilusões num flagrante desrespeito pelo munícipe. Presenciamos mais um despautério público-administrativo nas mesmas dimensões desta que é a maior PPP do País.
É ADVOGADO CONSTITUCIONALISTA, MESTRE EM DIREITO DE ESTADO E PROFESSOR DA PUC-SP
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