26 de outubro de 2012 | 03h07
Unidades administradas pela ONG Casa Espírita Tesloo foram vistoriadas pela comissão e os resultados das inspeções, divulgados em junho. De acordo com o relatório da Alerj, os abrigos são de difícil acesso, o que dificulta o convívio familiar; há falta de informações consolidadas sobre o efeito do tratamento dos menores, uso de medicamentos sem individualização e são comuns as contenções físicas de adolescentes com amarração de pés e mãos.
A Prefeitura fechou convênio com a entidade, sem licitação. A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que a ONG foi selecionada por meio de processo seletivo público, uma vez que a lei dispensa licitação na contratação de entidades sem fins lucrativos. A secretaria informou também que estuda formas de melhorar o atendimento aos internados.
Por causa dos problemas nos abrigos, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, os Conselhos Regionais de Psicologia e Serviço Social, o Núcleo de Direitos Humanos da PUC-Rio e o Grupo Tortura Nunca Mais pedem o fim da internação compulsória.
Suspeitas. Desde 2005, a ONG presidida pelo major reformado da PM Sérgio Pereira de Magalhães Júnior, de 42 anos, já recebeu R$ 79,8 milhões em 23 contratos com a Prefeitura.
O oficial é investigado desde 2008 em um inquérito da 33.ª Delegacia de Polícia (Realengo) como suposto integrante de milícia, como noticiou ontem O Dia. Com base em dados da Polícia Civil, desde 2000 ele se envolveu em 14 ocorrências de autos de resistência (morte de suspeitos em confronto com a polícia), sendo autor em quatro. O major foi reformado em 2008 após ter duas vértebras feridas.
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