Obras de ranhuras devem demorar 20 dias, diz Infraero

A ausência de 'groovings' pode ter contribuído para o acidente do vôo 3054, que deixou 200 mortos

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Infraero informou nesta terça-feira, 24, que as obras de grooving (ranhuras feitas no asfalto) na pista principal do Aeroporto de Congonhas devem demorar cerca de 20 dias, porque uma força-tarefa vai ser empregada para executar o serviço. Normalmente, segundo a Infraero, seria necessário o dobro do tempo. A ausência de groovingsem Congonhas, segundo investigadores, ainda é uma hipótese que poderia ter contribuído para o acidente com o avião da TAM. Isso porque a pista foi entregue, depois de uma obra de recapeamento, sem as "ranhuras", que facilitam o escoamento da água da pista. O trabalho, que começou na última segunda, será executado durante a noite, para não atrapalhar as operações da pista auxiliar. A Infraero informa que a chuva que continua caindo em São Paulo não impedirá a execução do serviço. Paralelamente, a Infraero está executando reparos na pista principal do aeroporto. De acordo com a estatal, as obras serão feitas, primeiro, na cabeceira das pistas, isto é, em suas extremidades. Ontem, porém, como o aeroporto ficou fechado, as ranhuras foram incrustadas em trechos do meio da pista. Os reparos são necessários porque a Polícia Federal retirou 14 blocos de 20 centímetros de largura da pista para fazer uma análise da aderência. Esses blocos terão que ser refeitos agora, num trabalho "artesanal", segundo a Infraero. Ao contrário das ranhuras, o trabalho de recuperação não poderá ser executado sob chuva forte. Apesar dessa antecipação, a Infraero diz que não haverá problemas e que a obra para a instalação em nada atrapalharão os pousos na pista principal de Congonhas. Isso porque os técnicos trabalharão das 23 horas, horário de fechamento do aeroporto, até 6 horas. Sobre uma eventual reabertura da via principal de Congonhas hoje ou na quinta-feira, a Infraero disse que não recebeu nenhuma autorização oficial neste sentido.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.