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Obras de monotrilho complicam o trânsito da Anhaia Melo

Moradores da Vila Prudente, na zona leste, também reclamam da grande quantidade de caminhões no bairro

Por Diego Zanchetta
Atualização:

O trânsito na Avenida Luís Inácio de Anhaia Melo, na zona leste de São Paulo, parou ontem no primeiro dia útil de interdições para as obras do futuro monotrilho da Linha 2-Verde do Metrô (antigo Fura-Fila). A construção dos pilares de 12 a 15 metros de altura deve durar sete meses. Nesse período, moradores da Vila Prudente temem uma invasão de caminhões em ruas residenciais da região.Motoristas que utilizam a alça de retorno da Anhaia Melo localizada sob o Complexo Viário Senador Emygdio de Barros Filho, na esquina com a Avenida Salim Farah Maluf, têm de procurar agora uma outra rota para pegar a via no sentido bairro. Desde sábado foram interditadas uma faixa de rolamento em cada um dos sentidos da avenida, ao lado do canteiro central.Desvio. Como opção para os motoristas evitarem a Anhaia Melo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está sugerindo rotas alternativas por dentro de bairros como a Vila Zelina e a Vila Ema. O desvio do tráfego ocorre entre o acesso à Salim Farah Maluf e a Rua Salvador Fernandes Lopes. Na manhã de ontem, por volta das 7 horas, a fila de carros na avenida interditada tinha 2 quilômetros. "Ninguém conhece os desvios ainda, tá todo mundo parado sem saber o que fazer", reclamou Ronaldo Campos de Oliveira, de 36 anos, caminhoneiro de Londrina (PR).No sentido bairro da Anhaia Melo, Oliveira poderia usar um caminho por dentro da Vila Zelina, segundo a CET - ele deveria entrar na Rua Amparo, depois à esquerda na Rua Tomaz Izzo, seguir em frente na Avenida Zelina, pegar à esquerda na Rua Pimentel do Vabo, na frente da Rua Francisco Falconi, e voltaria à Avenida Luis Inácio de Anhaia Melo, seguindo seu trajeto normal.Críticas. Mas comerciantes da Avenida Zelina reclamaram ontem da grande quantidade de caminhões na via. "Eu prefiro ficar sem Metrô a ter de aguentar caminhão soltando fumaça na porta da minha loja durante um ano", reclamou o comerciante Jesus Antonio de Souza, de 42 anos. A CET diz que os transtornos são temporários e necessários para a criação do Metrô na região.

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