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Obra ficou em 2 locais antes de museu

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Por Redação
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O pintor paraibano Pedro Américo (1843-1905) deixou seu ateliê em Florença, na Itália, e veio para São Paulo em 1885, quando soube que o arquiteto e engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi (1844-1915) havia sido contratado para realizar o projeto de um monumento-edifício em homenagem à Independência do Brasil.

Quando chegou à cidade, passou dois meses analisando a topografia do terreno, na região do Ipiranga, onde d. Pedro I teria declarado a emancipação política brasileira. Realizou algumas pesquisas históricas e, já de volta à Europa, colocou pincéis à obra. A pintura o ocupou entre os anos de 1886 e 1888.

Nascia o óleo sobre tela Independência ou Morte (ou O Grito do Ipiranga), com 7,6 metros de comprimento por 4,15 metros de altura. Sem emendas, todo em linho. Concluído o trabalho, Américo embarcou em nova viagem de navio. Fazia questão de trazer a obra pessoalmente a São Paulo.

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Quando chegou, o edifício de Bezzi ainda não estava pronto. O quadro, então, ficou guardado no Palácio do Governo da época e, depois, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Só em 1895 foi levado ao hoje Museu Paulista, conhecido popularmente como Museu do Ipiranga. E é uma das obras mais conhecidas da instituição, além do maior quadro em exposição em um museu paulistano. / EDISON VEIGA

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