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O sertão do Piauí vai para o prédio da Bienal

Por / V.F.
Atualização:

Quem visitar o prédio da Bienal do Parque do Ibirapuera a partir desta segunda-feira vai colocar um pé no universo da moda e outro em Várzea Queimada- povoado localizado na zona rural do Piauí, no município de Jaicós, a 27 quilômetros de Teresina. Os corredores do prédio projetado por Oscar Niemeyer onde acontece a São Paulo Fashion Week vão estar forrados de painéis desta região, considerada a menos desenvolvida do País, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae). Os retratos contam a história de um projeto liderado pelo arquiteto Marcelo Rosenbaum, que tem o design como ferramenta de desenvolvimento. "Nesta edição continuamos a falar de criatividade. No projeto de Várzea Queimada, ela provocou transformações. E isso tem tudo a ver com a moda", explica Paulo Borges, organizador da semana de moda. Até a vinheta que costuma passar no telão antes de cada desfile vai contar um pouco da experiência de Várzea Queimada. "Será uma espécie de pequeno documentário." No saguão, uma loja vai vender produtos fabricados pela comunidade, como cestos, tapetes e colchas. Destaques. Entre as novidades desta edição, destaca-se o retorno dos estilistas Ronaldo Fraga e Paula Raia, além da marca Forum, a terceira do Grupo AMC Têxtil, que também controla a Tufi Duek e a Triton. Estreiam duas grifes. Vitorino Campos, do estilista homônimo de Salvador, mostrará sua coleção de roupas de festas na quinta-feira. No dia seguinte, será a vez da segunda estreante, a Têca, entrar na passarela. A marca é da paraense Helô Rocha, autora de roupas jovens, mais estruturadas e com peças de alfaiataria. A estilista tem uma loja nos Jardins. Um dos destaques da temporada será a Cavalera, que apresentará sua coleção no sábado, em um ferro velho do centro paulistano. O tema da coleção é o punk de Salvador.

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