17 de maio de 2012 | 07h45
Mal comparando com a violência dos golpes que pela oitava vez quebraram o bronze de hastes e aros no rosto do monumento ao poeta, o serviço de manicure nas unhas do pé esquerdo de um dos bandeirantes a cavalo na escultura em granito maciço de Victor Brecheret pode ser considerado uma intervenção artística de rara sensibilidade diante do Parque do Ibirapuera. O azulzinho Djavan do esmalte sublinha a delicadeza do vândalo paulistano.
Sem querer dar ideia de jerico a espírito de porco carioca, o projeto de girar o banco em que Drummond está sentado no calçadão da Avenida Atlântica para deixar o poeta mineiro de frente pro mar poderia até ganhar patrocínio da Academia Brasileira de Letras, com apoio da prefeitura e o escambau!
Se nem assim a vontade de quebrar passar, mermão, seu caso é exclusivamente de polícia. Dane-se!
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