
28 de janeiro de 2013 | 02h06
"Fui uma das primeiras a sair. Corri logo que vi que o incêndio tinha começado. Tentaram usar uma extintor, mas parece que ele não estava funcionando. Tentei avisar os que estavam por perto que precisávamos sair, mas ninguém me dava bola. O pessoal só entendeu o que estava acontecendo e ficou apavorado quando a música parou. Não havia qualquer sinalização. Não fui barrada por nenhum segurança. Quando saí, as portas estavam abertas, sem ninguém impedindo a passagem. Não cheguei a ver nem ouvir nada sobre os seguranças, mas parece que eles achavam que havia uma briga e, por isso, o pessoal estaria saindo sem pagar.
Logo que saí liguei para a minha irmã, às 3:27. Moro a uma quadra da boate e fui direto para casa. Moro com ela, que ficou em casa com o namorado. Sou de Erechim, no norte do Estado. Meus pais estavam lá. Liguei para eles para tranquilizá-los. Eles não sabiam de nada, não tinham ideia da proporção do acidente. Disseram que tudo ficaria bem, que ninguém morreria. / CRISTIANE NASCIMENTO
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