25 de março de 2009 | 13h03
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Por um lado, a atitude pode ser interpretada como injusta, uma vez que beneficia somente um time da cidade. Por outro, pode ser bastante democrática. Ao se eximir dos custos de manutenção, que não é economicamente bom negócio, o poder público pode redirecionar investimentos para setores carentes, como saúde, segurança e educação. Se ela custeava um estádio que tinha fim específico e limitado como a prática do futebol de alto nível, ela vai reverter o valor em benefícios para a população.
Em geral, estádios no mundo inteiro tendem a ser financiados, direta ou indiretamente, pelo dinheiro público.
Como referência, e apenas isso, é possível utilizar o valor de US$ 5 mil por lugar como base para o cálculo de construção de um estádio. Para 40 mil pessoas, um estádio custaria US$ 200 milhões. Levando-se em conta uma vida útil de 30 anos, ele precisaria gerar lucro de US$ 7 milhões/ano para se pagar. Daí a
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Foto: Divulgação |
O pesquisador Oliver Seitz |
Com a exploração de camarotes, soluções de alimentação e desenvolvimento imobiliário do entorno, conseguem reduzir o inevitável prejuízo de se ter nova casa. E, ao mesmo tempo em que o Pacaembu isentará o Corinthians de boa parte desses custos, o clube também não poderá usufruir de todas as receitas, principalmente do desenvolvimento imobiliário. A equação dos fatores, no entanto, sugere que a atitude seja racionalmente interessante, tanto por um lado quanto por outro. É fato que o Corinthians será esportivamente beneficiado. Mas a cidade possivelmente também seja. E é isso que precisa ser levado em conta.
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