18 de março de 2011 | 00h00
Há 20 anos, o goiano Henrique Meirelles, então presidente do BankBoston, fundou a Associação Viva o Centro e liderou o debate sobre a revitalização da região. A pressão ajudou. Desde então, a área ganhou a Sala São Paulo, o Museu da Língua Portuguesa, recebeu de volta a sede da Prefeitura e secretarias municipais e estaduais. Após oito anos afastado para presidir o Banco Central, ele voltou ontem para reassumir novas bandeiras.
"O centro garante a identidade de uma cidade", defende. "E esse é o momento do centro em todos os aspectos."
Incentivar a construção de grandes espigões, com alturas de 35 a 40 andares, é uma delas. Na presidência do Banco Central, Meirelles ouvia reclamações de CEOs de grandes corporações sobre a dificuldade de achar lugar para sedes de empresas em São Paulo. "O centro pode recebê-las", acredita.
O novo comandante da Autoridade Pública Olímpica (APO), cargo público que assumiu nesta semana, afirmou também que São Paulo pode tirar proveito do momento esportivo nacional. "A parceria feita com a iniciativa privada, como ocorreu com o projeto Nova Luz, parece ser um bom caminho."
Entre outras medidas pontuais defendidas pela associação que preside, estão o reaproveitamento do prédio dos Correios para a revitalização do Vale do Anhangabaú. A sugestão é aproveitar o espaço, 80% ocioso, para abrigar um centro cultural nos moldes do Museu da Língua Portuguesa.
Nascido em Anápolis, Meirelles chegou a São Paulo aos 17 anos para estudar Engenharia Civil na USP.
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