25 de agosto de 2015 | 14h06
O baião, as cantinas italianas e até mesmo as porteiras, que tanto atormentaram os moradores: tudo vira festa em um Brás 'cantado'. De marchinha de carnaval a valsa, confira seis canções que eternizaram traços característicos do desenvolvimento do bairro.
Marchinha que soa como um desabafo. A porteira, planejada para evitar acidentes na linha de trem, atrapalhou a circulação dos moradores por cem anos. 'Em lugar da tal porteira, um viaduto se ergueu, adeus porteira do Brás, já vai tarde pro museu'.
Música de Alberto Marino e letra de Alberto Marino Júnior, essa canção, gravada por Jair Rodrigues, relembra em tom melancólico o passado do bairro. 'Deixe me lembrar meus tempos de rapaz no Brás'. Marino deu nome do viaduto que desativou as porteiras.
A chegada de nordestinos ao Brás começou em 40 e no final da década suas influências já eram percebidas. Em letra de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Isaurinha Garcia canta 'Ah baião que dança boa. Paulistinha feito abraço, do Norte pra terra da garoa'.
Essa saudosa valsa de Gilberto Alves, gravada em 1961, faz referência à cultura italiana, que ajudou a construir o Brás e ainda está presente nas ruas e festas típicas do bairro. 'Saudade das cantinas, canções napolitanas'.
Música gravada pela amazonense Leila Silva, em 64, que conta a história de uma armação feita contra o Juca do Braz. 'Fizeram um mal feito bem feito que o Juca do Braz mudou de maloca. E agora depois de dois anos, se ouve falar do Juca da Mooca'.
Esse é o título do disco do baiano Tom Zé, gravado em 1978. O álbum traz uma faixa em que Tom Zé canta: 'Eu viajo quinta-feira, Feira de Santana', em alusão à cidade baiana. O disco é visto como uma homenagem às suas raízes nordestinas.
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