
14 de maio de 2011 | 00h00
A favela ocupa dois morros em Sapopemba, na zona leste de São Paulo. Há caçambas de coleta, mas a todo momento pessoas descartam restos de comida, móveis velhos e entulho no mato. E levantam novos barracos - onde os antigos foram derrubados pela Defesa Civil. Um senhor morreu soterrado por lixo e terra na última temporada de chuvas.
Caso deixassem o lugar, os atuais moradores receberiam R$ 1.500 no ato e R$ 300 durante 30 meses, referentes ao aluguel social."Quase ninguém vai querer o auxílio, porque quando acabar vamos morar na rua", afirma a desempregada Juliana de Araújo, de 22 anos.
"Se tem um projeto, porque deixaram a favela crescer demais? Tirassem antes", reclama Edna Castro, de 51 anos. Desde os 9 no morro, ela reconhece o risco, mas rejeita voltar ao aluguel. "Se dessem terreno para levantar uma casinha eu concordaria."
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