SÃO PAULO - Uma das tendências que os técnicos do metrô esperam observar no perfil dos usuários de transporte público da cidade é o aumento das pessoas com mais de 65 anos. Assim, a companhia prepara ações para incrementar as adaptações de acessibilidade nas estações, hoje mais identificadas com pessoas de mobilidade reduzida.
Segundo a coordenadora da pesquisa “Caracterização Socioeconômica do Usuário e seus Hábitos de Viagem”, Cecília Elena Fuentes Guedes, embora a pesquisa já indique crescimento da fatia de usuários da rede metroviária com mais de 55 anos (foi de 9%, em 2012, para 11% na pesquisa recente), os dados ainda sugerem estabilidade. “São oscilações na margem de erro.”
“Mas os institutos de pesquisa projetam crescimento da população brasileira nessa faixa etária. E muitos dos dados do perfil dos usuários do metrô repetem o perfil da população em geral”, diz.
Entre as mudanças que as estações terão, segundo Cecília, há uma preocupação maior com objetos de cores contrastantes. “É comum a população nessa faixa ter dificuldades de visão. E a pessoa que chega nessa idade, hoje, é muito mais ativa do que antes. Ainda trabalha, é mais saudável, ainda se desloca muito pela cidade. Por isso, deve continuar usando o metrô”, afirmou a pesquisadora.