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Novos vereadores vão ganhar 63% mais

Os 55 parlamentares eleitos em outubro pelos paulistanos serão diplomados nesta quarta-feira, 19

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Por Adriana Ferraz e Diego Zanchetta
Atualização:

Ao lado do prefeito eleito Fernando Haddad (PT), serão diplomados nesta quarta-feira, 19, em evento na Sala São Paulo, no centro da capital paulista, os vereadores eleitos em outubro para ocupar as 55 cadeiras do Palácio Anchieta em 2013. Neste ano, o diploma terá direito a um "bônus": a partir de 1.º de janeiro, o salário de quem assumir uma vaga na Câmara passará de R$ 9,2 mil para R$ 15 mil - reajuste de 63%. Na atual folha de pagamento, o impacto será de R$ 3,8 milhões.

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O aumento foi aprovado há mais de um ano pelos próprios parlamentares, com a condição de ser aplicado só na legislatura seguinte, que começa daqui a 13 dias. Na época, o projeto previa ainda o pagamento de um 13.º salário, que acabou barrado pela Justiça. Hoje, além da remuneração, os vereadores ainda têm à disposição uma verba mensal de R$ 106,4 mil para contratação de até 18 assessores e uma cota de R$ 17,2 mil para gastos de gabinete. No total, cada um custa R$ 138,4 mil por mês.

"O aumento é constitucional porque cria um parâmetro com os vencimentos dos deputados estaduais e federais. Mas é claro que, se for comparado com o salário mínimo de hoje (R$ 622), é um holerite alto", avalia Cláudio Fonseca, líder do PPS, que deixa a Casa com o salário atual - ele não conseguiu a reeleição.

Na festa desta quarta, 22 dos 55 vereadores são estreantes ou retornam à Casa depois de um período longe da política. A renovação assegurada pelas urnas foi de 40%, mas esse porcentual vai aumentar logo nos primeiros dias de mandato, uma vez que cinco eleitos vão compor o governo de Fernando Haddad (PT) e Antonio Carlos Rodrigues (PR) assume vaga no Senado. No fim da troca de cadeiras, metade da Câmara terá cara nova no próximo ano.

Entre os que se tornarão vereadores estão alguns nomes conhecidos da política, como os tucanos Andrea Matarazzo, ex-secretário estadual da Cultura, e o coronel Telhada, ex-comandante da Rota, que deve compor a chamada "bancada da bala" ao lado do também coronel Camilo e do capitão Conte Lopes.

Em 2013, a participação de evangélicos vai crescer com a estreia de Patrícia Bezerra (PSDB), da Igreja da Graça, Jean Madeira (PRB), da Igreja Universal, e do pastor Edemilson Chaves (PP), da Igreja Mundial. Ao todo, serão 11 parlamentares ligados ao grupo, que se tornará o mais representativo da Casa.

 

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