07 de julho de 2011 | 00h00
A Vila continua Buarque. E só. A ideia de realizar um plebiscito e eleger um novo nome para a Vila Buarque permanece assim: somente uma ideia.
Ela se tornou pública em 2005, por iniciativa de moradores e entidades localizadas no bairro central de São Paulo, mas não vingou. A consulta popular nunca aconteceu e está fora de cogitação, de acordo com entusiastas da troca.
À época, o nome do cantor e compositor Chico Buarque era o mais popular. Na concorrência, estariam nomes como Nova Higienópolis e Vila dos Buarques. Mas o de Chico viria acompanhado por uma exposição permanente de painéis nos prédios da Vila. Cartunistas e artistas plásticos fariam desenhos e gravuras inspirados nas músicas de Chico, que frequentou o bairro quando estudava na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, nos anos 1960.
A intenção era promover, a partir da votação, uma agitação cultural no bairro, que sumia do imaginário popular, por causa da preferência da especulação imobiliária por chamá-lo de Higienópolis ou Santa Cecília.
O nome não mudou, mas Vila Buarque, sim. Aos poucos, instituições ocuparam a vizinhança e promoveram certa revitalização cultural e urbana. O edifício Copan - que foi revalorizado - e a Praça Roosevelt, em reconstrução, são símbolos desta mudança.
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