04 de março de 2013 | 02h07
O processo contra Edimar Gomes da Silva ainda está em andamento, sem nenhuma condenação. O bloqueio de bens de Edimar ocorreu em agosto de 2011, junto com os de outras 12 pessoas e quatro empresas.
A investigação, que motivou a Polícia Federal a deflagrar a Operação Voucher, no mesmo ano, partiu de apurações do TCU. O órgão verificou que houve desvio de recursos públicos em um convênio entre o Ministério e uma organização sem fins lucrativos para capacitação de profissionais de Turismo no Estado do Amapá. A organização, segundo a investigação, contratava empresas de fachada.
Na época, o número dois do ministério, Frederico Silva da Costa, foi preso pela PF. Outras 35 pessoas tiveram a prisão decretada pela Justiça - o novo chefe da CET não estava na lista. A operação, na época, desgastou a relação entre o PT e o PMDB - partido do então ministro Pedro Novais, que se demitiu do cargo um mês após a operação.
Chefia. Com a presidência da CET sendo ocupada pelo secretário Jilmar Tatto, que também acumula a presidência da São Paulo Transporte (SPTrans), a chefia de gabinete é o cargo mais importante da CET.
Sobre as acusações contra o novo chefe da empresa, a CET diz, em nota, que "o tema está em fase de apuração pelo Tribunal de Contas da União e, por uma questão preventiva, o órgão efetuou o bloqueio de bens. Como parte legal desta averiguação, Edimar Gomes da Silva já aprestou sua defesa a respeito".
Por meio da assessoria de imprensa, a CET defende a contratação de Silva antes de definições sobre eventuais responsabilidades dele nas fraudes apontadas pelo TCU. "O funcionário é profissional preparado para exercer a função de chefia de gabinete, tem experiência de 20 anos na administração pública e reúne os requisitos necessários para o cumprimento de seu cargo atual. Não há nenhum impedimento para que exerça sua função", afirma a nota. / B.R.
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