01 de março de 2012 | 03h04
"Quando soubemos a verdadeira posição de Gabriella, por meio da família, entrei em contato com o Instituto de Criminalística (IC) de Campinas para realização de nova perícia", disse o delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior, da Delegacia de Vinhedo. "O diretor do IC (Nelson Patrocínio da Silva) foi ao parque e disse que nas descidas a trava levanta, chicoteia e abaixa. Isso não havia sido visto antes."
O delegado afirmou ainda que a cadeira não tem o cinto considerado segundo dispositivo de segurança. Na sexta-feira, testemunhas disseram que a cadeira estava inoperante e que Gabriella estava em outro assento. A versão foi confirmada pelo parque. Duas perícias foram realizadas, como se Gabriella estivesse em outro lugar e a cadeira de fato usada estivesse vazia.
Reviravolta. À tarde, o Hopi Hari informou, por meio de nota, que "o parque reitera veementemente a cooperação absoluta com todos os órgãos responsáveis na apuração definitiva deste caso". O parque não se manifestou após a nova perícia.
À tarde, uma fotografia e um depoimento deram novos rumos ao caso. O advogado da família de Gabriella, Ademar Gomes, mostrou uma fotografia onde ela aparece sentada na primeira cadeira de um conjunto com quatro assentos.
Dois funcionários que operavam o brinquedo na sexta-feira se apresentaram voluntariamente à delegacia e contrariaram a versão apresentada pelo representante do parque, de que seria impossível falha no sistema.
Segundo os funcionários, a cadeira estava inoperante havia oito meses. O operador Vitor Igor Espinucci de Oliveira, de 24 anos, disse ter checado as travas 15 minutos antes de o brinquedo funcionar. Ele disse que avisou um superior sobre o problema na cadeira, como já fizera em outras checagens, mas não recebeu orientação sobre o que fazer. Vitor e o colega Antônio Tomás Leal, de 18, não viram Gabriella sentar e disseram que essa responsabilidade era de outro operador, ainda não identificado.
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