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Noivas estragam os vestidos nos ensaios: é o 'trash the dress'

Virou moda detonar a roupa de casamento em sessões na praia e em rios e fazendas; tendência começou nos EUA

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Por Redação
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No dia do casamento, as noivas ficam desesperadas se um fiozinho do vestido solta. Mas, depois, ele acaba no armário para o resto da vida ou volta para a loja onde foi alugado. Agora, fotógrafos de casamento inventaram um outro destino para a roupa da festa: ser rasgada, suja, enlameada, molhada. Tudo para ficar bem na foto. Trata-se do movimento "trash the dress" ? os noivos, vestidos a caráter, fazem ensaios em praias, campos, rios. "A moda começou há cerca de 10 anos, nos Estados Unidos", conta o fotógrafo Reynaldo Cavalcanti. "Mas só chegou aqui há três. E, agora, quase todas as noivas querem fazer."Os pioneiros no Brasil foram profissionais de Florianópolis, que aproveitaram as belas praias da cidade para os ensaios. "Só que logo o movimento ganhou os casais paulistanos", afirma a fotógrafa Sharon Eve Smith.Ensaios. Ela mesma, aliás, fez um ensaio no estilo "trash the dress" quando casou, há um mês. "Uma amiga me retratou em uma cachoeira de Ubatuba (litoral norte de São Paulo)."Atrás da câmera, Sharon clica imagens do estilo desde janeiro. "Já fotografei sete noivas", conta. Ela fez ensaios em cachoeiras, no campo, em sítios, em Campos do Jordão.Os casais costumam sujar as roupas dias depois da festa. Alguns esperam até bodas de 2, 5 e até 15 anos para realizar a sessão. "Mas aí é importante que a noiva ainda caiba no vestido", comenta, rindo, Sharon. "Parece piada, mas é sério."Noivas. "Algumas mulheres, porém, têm medo de detonar a roupa, mesmo após a cerimônia", diz Cavalcanti. Há duas opções de ensaio: os mais leves, correndo em um campo ou algo similar, e os pesados, quando a noiva se joga no mar, rola na grama.Os fotógrafos concordam que a segunda maneira é melhor. "É ótimo quando o casal se dispõe a fazer tudo que pedimos, sem limites", comenta Sharon. "No "trash the dress" do meu casamento, não tive frescura."A dentista Maíra Almeida, que foi fotografada por Sharon neste ano na fazenda da família, adotou o meio-termo. "Como o vestido era alugado, tive um pouquinho de precaução", conta. Só que, mesmo assim, ela se sujou."Um álbum desse tipo é uma recordação muito boa", destaca Maíra. "Principalmente porque fiz em um lugar com o qual tenho uma ligação emocional muito forte." Os fotógrafos costumam sugerir que a noiva escolha um cenário com o qual tenha esse tipo de relação.Fazer um "trash the dress" com um dos profissionais ouvidos pelo Estado custa no mínimo R$ 1.200. / F.V.

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