
12 de agosto de 2010 | 00h00
Em janeiro, enquanto as escolas do Rio encerravam os preparativos para os desfiles em espaçosos galpões numa área de 114 mil m² na Gamboa (zona portuária), as paulistanas tentavam completar alegorias debaixo de viadutos - como foi o caso das tradicionais Pérola Negra e Mocidade Alegre -, após meses com chuvas acima da média.
Aberta em setembro de 2005, a Cidade do Samba conta com quatro pisos e já integra o calendário de eventos do Rio. Na parte reservada às escolas, os barracões são altos e permitem a montagem de até 12 carros alegóricos, com no máximo 12 metros de altura. No entorno, há espaço para toda a infraestrutura de serralheria e montagem, com programas contínuos de formação e reciclagem de profissionais.
O projeto arquitetônico de Vitor Wanderley e João Uchôa dá destaque a uma passarela em toda a extensão dos prédios, de onde se vê o interior dos barracões. Esse espaço ainda serve para assistir a desfiles técnicos. Ao longo do ano, são realizados na Cidade grandes shows e minidesfiles, voltados principalmente para turistas.
Liesa. A prefeitura do Rio investiu R$ 70 milhões no projeto, mas a iniciativa coube principalmente à Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), que achou o terreno, pertencente à Rede Ferroviária Federal (RFFSA), estatal desativada com a privatização das estradas de ferro. Desde o início, o local foi aplaudido pelos sambistas, apesar de algumas agremiações, como a Mocidade Independente de Padre Miguel, terem de deixar barracões ao lado da Sapucaí.
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