
30 de maio de 2010 | 00h00
"Foi uma espécie de charada. A sensação é a de um tapete voador, uma nuvem, um pedacinho do mar", diz o arquiteto, referindo-se à cobertura ondulada. Duas passarelas suspensas, de estrutura translúcida, vão permitir a travessia entre os prédios, distantes dez metros um do outro.
Além da cobertura e das rampas, um teleférico vai conectar o MAR ao Morro da Conceição, enclave colonial no centro do Rio. A estação ficará no terraço do prédio modernista. As visitas ao MAR vão começar de lá. Não será possível ter acesso ao palacete ao lado, onde ficarão concentradas as exposições, do térreo.
"A praça suspensa será um lugar de desfrute, terá um bar. O fluxo de cima para baixo passou a ser determinante em função do teleférico", explica o arquiteto. "Procuramos não fazer da arquitetura a vedete, mas uma vitrine viva, para que as pessoas apareçam. Por isso as passarelas e varandas translúcidas. Espero que aquilo fique cheio de gente."
Em função do grande pé-direito e do vão livre, o palacete vai abrigar uma exposição permanente sobre a história da cidade nos dois últimos andares. Os primeiros vão receber mostras temporárias. A proposta do curador do MAR, Leonel Kaz, é utilizar acervos públicos e privados.
Abandonado há décadas, o palacete de 1916 abrigou o Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais. Foi cedido à prefeitura pelo governo federal no ano passado, após imbróglio judicial.
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