
02 de agosto de 2012 | 03h04
No auge da ação policial para reprimir o tráfico e o consumo de drogas na cracolândia, no centro de São Paulo, no fim de janeiro, a Prefeitura demoliu seis imóveis usados pelos dependentes químicos - um deles, um casarão com mais de um século de existência. Como o Estado revelou à época, o imóvel estava sob proteção do Conpresp, órgão de preservação do patrimônio municipal. Ou seja, não poderia ter sido modificado.
Para reparar o dano, a Secretaria Municipal de Cultura prometeu elaborar um plano para a reconstrução e a preservação do prédio.
Mas o que sobrou do número 118 da Alameda Dino Bueno, na região da Luz, segue em estado avançado de deterioração, com tijolos à mostra e pouca pintura. Além disso, parte da arquitetura original foi descaracterizada, já que as janelas e portas foram cimentadas. Uma base da Guarda Civil Metropolitana (GCM), porém, fica dia e noite na frente do local para evitar depredação. Atrás da fachada, onde ficavam as casas demolidas, a Prefeitura montou uma Central de Atendimento ao Trabalhador.
Dezenas de usuários se aglomeravam ontem no local por volta das 10h30, do lado da base da GCM. "Essa fachada vai cair a qualquer momento", acredita o comerciante José Vagner de Souza, de 32 anos, morador da Dino Bueno.
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