PUBLICIDADE

No Parque Villa-Lobos, patins que 'voam'

Kiteroller usa pipa para esportista sair do chão

Por Laura Maia de Castro
Atualização:

O escultor tem o equipamento já há 5 anos e, ainda na Europa, experimentou a junção das rodas com a pipa. Pádua conta que já descia alguns morros de grama nos parques da Inglaterra e pensou em utilizar a ajudinha do vento. Depois de ver alguns vídeos na internet, fez as adaptações necessárias e tomou gosto.Foi na cidade de São Paulo, contudo, que Pádua aperfeiçoou a prática. O escultor faz kiteroller de duas a três vezes por semana e diz que prefere os dias úteis. "No sábado e domingo, apesar de a área que eu utilizo não ser muito ocupada, às vezes tem gente soltando pipa." Ontem, nem mesmo o calor de mais de 30°C fez com que ele parasse de patinar de um lado para outro. A cada rajada de vento, o escultor aproveitava para percorrer o gramado das formas mais variadas. A reportagem presenciou uma manobra, na qual o escultor passou cerca de cinco segundos no ar. "É uma adrenalina muito boa", garante.Na sombra de uma árvore, duas crianças olhavam atentamente os movimentos e perguntavam qual era o nome da brincadeira. "Nunca vi esse negócio", ria uma delas. Pádua diz que quando ele e o irmão, o corretor de imóveis Fernando Henrique de Pádua, de 34 anos, estão com a pipa e os patins é comum que sejam abordados por muitos curiosos.Além do parque, o escultor, quando pode, aproveita o espaço da areia da Praia do Gaivota, em Itanhaém, e da Praia Grande, ambas no litoral sul de São Paulo. "A praia tem muito espaço, é mais ampla e, além disso, costuma ter mais vento", diz.Para quem quer começar, Pádua, que já andava de patins desde criança, fala que primeiro é preciso aprender a manusear o kite, considerado por ele o mais difícil. Para isso, ele aconselha uma pipa sem tração de cerca de 1,4 metro. "A pipa menor não puxa, é mais para brincar. É bem legal também."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.