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No Pacaembu, polícia detém 53 flanelinhas

Investigadores em viaturas descaracterizadas flagraram guardadores que cobravam R$ 50 por vaga nas ruas durante jogo do Corinthians

Por Gio Mendes
Atualização:

A Polícia Civil fechou o cerco aos flanelinhas ontem à noite perto do Estádio do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo. Investigadores do Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania (DPPC) detiveram 53 guardadores que atuavam durante o jogo entre Corinthians e Emelec pela Libertadores da América. O delegado Fernando Shimidt disse que a polícia planeja repetir a operação em outras áreas. "Ainda não definimos com que frequência, mas pretendemos atuar em grandes eventos."Os flanelinhas chegavam a cobrar R$ 50 dos torcedores. "Eles aproveitam jogos importantes para extorquir dinheiro", disse o gerente de produção Jefferson Luís de Souza, de 25 anos, que foi ontem ao estádio. Ele se negou a pagar, circulou pela região e conseguiu vaga em uma rua com uma equipe da Polícia Militar. "Foi sorte, geralmente eu pago o que os flanelinhas pedem para não ter o carro riscado."Ontem, participaram da operação 60 agentes do DPPC. Os dois primeiros flanelinhas foram detidos às 19h15, quando fizeram sinal para uma das viaturas descaracterizadas estacionar em uma clínica de estética. Todos foram detidos com base na Lei de Contravenções Penais, que trata do exercício ilegal de profissão. "Eles precisam ter registro no Ministério do Trabalho", disse Schmidt. A pena é de 15 dias a três meses. Os guardadores seriam liberados hoje de madrugada após assinatura de termo circunstanciado e devem ir ao Juizado Especial Criminal. O advogado Maurício Januzzi, presidente da Comissão de Direito Viário e de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defende a ação, desde que duradoura. "Acho a medida importante e fundamental, mas não pode ser sazonal", disse. Estacionamento. Projetos de lei, nas esferas municipal e estadual, sugerem a criação de bolsões de Zona Azul perto de espaços onde há jogos, shows ou eventos com mais de 5 mil pessoas, num raio de 500 metros. Seriam reservadas 2 mil vagas nessas áreas. / COLABORARAM TIAGO DANTAS e LUÍSA ALCALDE

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