Como foi seu primeiro contato com a ufologia? Aos 22 anos, achava que quem dizia que via marciano era doido. Foi então que começaram a passar pelo hospital várias pessoas da área rural que diziam ter visto disco voador.
Por que mudou de ideia? Na primeira vez, você desconfia. Na segunda e na terceira, também. Mas eram muitos casos. Comecei a pensar: como os relatos podem ser tão idênticos e virem de pessoas que não se conhecem?
A senhora notou algum sinal estranho nessas pessoas? Essas pessoas que diziam ter encontrado ETs tinham queimaduras na região do pescoço e tórax e, em menos de duas horas, apresentavam necrose. Experimenta queimar seu dedo. Só vai necrosar um dia depois. E essa queimação deixava as pessoas enfraquecidas. Todas tinham a mesma história, diziam que acordavam com uma luz paralisante em cima delas.
Como a Aeronáutica entrou na história? Chegou uma hora em que só tinha eu, o prefeito e o padre na cidade. As pessoas estavam em pânico, indo embora. Os avistamentos eram diários. Foi aí que o prefeito procurou a Aeronáutica. Mandaram 33 militares.
A senhora chegou a ver naves? Sim, várias vezes. Eram redondas, como um prato. E dava até pra ver que tinha alguém dentro, pela silhueta.
O que essa experiência mudou na sua vida? Se alguém disser que passou por uma coisa dessas e voltou a ser o que era está mentindo. Você muda seus conceitos. Eu mesma não acreditava. Fui ridicularizada por amigos, recebi vários repórteres que me perguntavam coisas em tom de deboche. Passei a pesquisar o assunto, mas nunca fiz disso meu ganha-pão. Depois, acho que fiquei bem mais simples, bem mais pé no chão, mais introspectiva e passei a me achar um nada no universo. / T.D.