
05 de agosto de 2012 | 03h04
Mesmo satisfeitos com seus novos imóveis, os moradores de casas de zeladores em prédios da cidade narram algumas peculiaridades cotidianas.
No caso do fotógrafo Diego Lajst, de 29 anos, o pior problema é o barulho dos elevadores, içados por máquinas que ficam coladas às suas paredes.
"Quando vão entregar o jornal às 6 horas, parando de andar em andar, eu normalmente acordo", conta ele, que também já teve dificuldades de assinar uma TV a cabo. "Diziam que minha unidade não existia. Tive de explicar a situação para me entenderem."
Mesmo morando no mezanino, a produtora Claudia Daibert, de 27 anos, do Sumaré, também tem suas reclamações. "Minha vaga na garagem é a única que não é coberta", diz. Outra coisa que a descontenta é a dimensão do imóvel. "Adoro aqui, mas realmente às vezes não é tão amplo para conviver com um filho."
Já o gerente industrial Roberto Medeiros Ronchi, de 31 anos, enfrenta outras situações desagradáveis em sua casa de zelador na Alameda Campinas, ao lado da Avenida Paulista. "Eu, que vivi desde criança longe do centro, realizei um sonho vindo morar na 'cidade'. Mas algumas coisas me chateiam", conta.
Forno. Segundo Ronchi, que mora no térreo do edifício, os dias de verão ficam insuportáveis quando o forno do restaurante especializado em carnes grelhadas, instalado bem abaixo de seus pés, começa a funcionar. "De todo jeito, no inverno me sinto num luxo só. Posso andar descalço." / A.G.
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