A greve dos guardas civis metropolitanos de São Paulo entra no 7º dia nesta segunda-feira, 31. A categoria faz sua primeira paralisação e pede reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Na sexta, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, determinou a imediata suspensão da grave dos GCMs.
Nesta segunda, os guardas civis fazem manifestação em frente à Prefeitura de São Paulo cobrando um diálogo com Gilberto Kassab (DEM). De acordo com o sindicato, o Prefeito se nega a discutir valorizações com a categoria.
Na terça está marcada uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho. Na audiência, marcada para às 13h30, pode haver um acordo que ponha fim à paralisação. Apesar da decisão do TJ, o sindicato da categoria, o SindGuardas, ainda pode recorrer da decisão que determina o fim imediato da greve.
Segundo o secretário de finanças do Sindicato, Clóvis Roberto, até a manhã desta segunda o SindGuardas não havia sido notificado da decisão. "Se caso recebermos essa notificação, faremos uma assembleia para decidirmos se continuamos a paralisação e pagamos a multa diária de R$ 100 mil ou voltamos ao trabalho", explica.
Gratificação
Os GCMs começaram a protestar após o prefeito Gilberto Kassab protocolar na Câmara Municipal, há duas semanas, um projeto de lei que criou gratificações de até R$ 1,8 mil para policiais militares que trabalham em operações no trânsito, como nas blitze da lei seca e na autuação de carros irregulares.
Os GCMs queriam a extensão da gratificação para a categoria, o que foi considerado inconstitucional pelo governo e pelo Legislativo.
Segundo o SindGuardas, a categoria está garantindo os 30% do efetivo trabalhando para a proteção das unidades, realiza manifestações ordeiras e pacíficas e com ampla divulgação pela mídia.