15 de janeiro de 2016 | 10h05
SÃO PAULO - O nível do Sistema Cantareira, o principal manancial de abastecimento da capital paulista e da Grande São Paulo, registrou o 44º aumento consecutivo nesta sexta-feira, 15. O manancial, responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, subiu 1,3 ponto porcentual, a maior alta desde o início da crise hídrica, em janeiro de 2014. Com isso, passou a operar com 35,2% de sua capacidade, de acordo com o índice tradicionalmente divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Os outros quatro sistemas tiveram alta.
O índice divulgado pela Sabesp considera o volume morto como se fosse volume útil do manancial. Na última quinta-feira, 14, houve alta de 0,7 no volume, mesmo aumento ocorrido em 7 de dezembro de 2015, até então a maior elevação do volume do Cantareira. A última vez que o manancial ficou estável foi em 2 de dezembro, com 19,6%. Já a última queda foi em 22 de outubro, quando os reservatórios caíram de 15,7% para 15,6%.
A situação do sistema, no entanto, ainda é considerada crítica. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o manancial está com apenas 5,9% da capacidade, contra 4,7% do dia anterior. Já conforme o terceiro índice, o sistema tem 27,2%, ante 26,2% nesta quinta-feira, 14.
Nas últimas 24 horas, choveu sobre os reservatórios que compõem o Cantareira 26,5 mm. A precipitação acumulada em janeiro soma 143,6 mm, acima do esperado para o período (127,2 mm), caso a média histórica de 8,4 mm de chuva por dia estivesse se repetindo.
Outros mananciais. Atualmente responsável por abastecer o maior número de pessoas na região metropolitana (5,8 milhões), o Guarapiranga registrou novo aumento e opera com 84,1% da capacidade, alta de 0,9 em relação ao dia anterior.
Proporcionalmente, o sistema que registrou a maior elevação depois do Cantareira foi o Rio Claro, que subiu 1,2 ponto porcentual e passou de 76,3% para 77,5% da capacidade.
Já o Alto Cotia subiu 0,8 ponto porcentual e opera com 97,7%, ante 96,9% do dia anterior. Por sua vez, o Alto Tietê subiu 0,3 ponto porcentual e variou de 27,7% para 28%, já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014.
O único manancial que teve perda de volume de água armazenada foi o Rio Grande. O nível do sistema recuou 0,4 ponto porcentual e está com 95,6%.
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