SÃO PAULO - Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o Sistema Cantareira vem perdendo volume de água armazenada há 20 dias seguidos. Nesta sexta-feira, 21, o nível chegou a 16,5%, ante 16,6% do dia anterior, segundo o boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice já considera os dois volumes mortos, adicionados no ano passado.
O Sistema é considerado o principalmanancial responsável pelo abastecimento no Estado de São Paulo e não registra chuvas desde o dia 12 de agosto. O reservatório acumula 0,9 milímetro de pluviometria no mês. A média histórica do manancial é de 34,4mm.
A última vez que o Cantareira registrou alta foi no dia 27 de julho, quando subiu de 18,8% para 18,9%. Desde que iniciou a sequência negativa, o manancial já reduziu 2,4 pontos porcentuais da sua capacidade.
Mais de um ano e meio após o início da crise, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) publicou uma portaria nesta terça-feira, 19, reconhecendo oficialmente, pela primeira vez, que a situação hídrica na Grande São Paulo é crítica.
Todos os reservatórios do Estado tiveram perda de volume de água nas últimas 24 horas. As maiores quedas, de 0,2 ponto porcentual, foram registradas nos Sistemas Alto Tietê, que caiu de 15,3% para 15,1%, no Guarapiranga, com redução de 70,1% para 69,9%, e no Alto Cotia, que nesta sexta opera com 55,4% da capacidade, ante 55,2% desta quinta-feira.
O nível de volume armazenado do Rio Grande é de 83,3%. No dia anterior, o índice era de 83,4%. Já o Rio Claro teve queda de 62,9% para 62,8%.
