'Ninguém previu essa microexplosão' de vento, diz Haddad sobre fenômeno em São Paulo

Rajadas derrubaram dezenas de árvores e causaram duas mortes na região metropolitana; ventos atingiram velocidade de 70 km/h

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Por Juliana Diógenes
Atualização:

SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que a queda de 132 árvores na capital paulista, após tempestade com rajadas de vento nesta segunda-feira, 16, foi causada por uma microexplosão, fenômeno climático "raro" que não estava previsto nos radares do Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE). Os ventos atingiram velocidade considerada "moderada",decerca de 70km/h. 

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A última vez que a cidade registrou impacto semelhante foi em 29 de dezembro de 2014, quando os ventos atingiram 96km/h e foi registrada a queda de 286 árvores - na época, o episódio bateu recorde histórico para um dia de chuva nos 25 anos anteriores.

Segundo Haddad, este é um tipo de vento raro, que desce da nuvem para o chão, e se concentrou na região central da capital. "O fenômeno causa esse tipo de impacto. As árvores não resistem", disse. 

"Todos os eventos que são reconhecíveis, o alerta é expedido pela CGE. O evento que aconteceu ontem no centro de São Paulo não estava previsto. Eu mesmo fui informado de que haveria uma tempestade grande, mas ninguém previu essa microexplosão de ventos descendentes, que foi o que aconteceu e está sendo investigado pelos radares da Prefeitura", destacou.

Por ano, conforme o prefeito, a gestão municipal remove quase 3 mil árvores e poda cerca de 120 mil. Em relação às árvores velhas da cidade, Haddad admitiu que a administração tem dificuldade em identificar, por exemplo, árvores podres ou com cupinzeiros no interior. 

"A poda é feita justamente para identificar eventuais patologias das árvores. Nem sempre a poda identifica. Se ela (patologia) está no interior ou na raiz da árvore, você não consegue identificar. O agrônomo fica na dúvida de expedir um laudo que permita essa remoção. Temos essa dificuldade", afirmou.

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