'Ninguém previu essa microexplosão' de vento, diz Haddad sobre fenômeno em São Paulo
Rajadas derrubaram dezenas de árvores e causaram duas mortes na região metropolitana; ventos atingiram velocidade de 70 km/h
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Por Juliana Diógenes
Atualização:
SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que a queda de 132 árvores na capital paulista, após tempestade com rajadas de vento nesta segunda-feira, 16, foi causada por uma microexplosão, fenômeno climático "raro" que não estava previsto nos radares do Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE). Os ventos atingiram velocidade considerada "moderada",decerca de 70km/h.
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A última vez que a cidade registrou impacto semelhante foi em 29 de dezembro de 2014, quando os ventos atingiram 96km/h e foi registrada a queda de 286 árvores - na época, o episódio bateu recorde histórico para um dia de chuva nos 25 anos anteriores.
Segundo Haddad, este é um tipo de vento raro, que desce da nuvem para o chão, e se concentrou na região central da capital. "O fenômeno causa esse tipo de impacto. As árvores não resistem", disse.
Temporal derruba árvores e provoca mortes em São Paulo
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Tempestade em São Paulo
No Terminal Bandeira, na região central da capital paulista,árvores caíram e atingiram estruturas Foto: Alex Silva/Estadão
Tempestade em São Paulo
Equipes da Prefeitura de São Paulo trabalham na terça-feira, 17 de maio, para retirar as árvores que caíram em diversos pontos da cidade, como na Aven... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
Tempestade em São Paulo
Bombeiros prestaram assistênciadurante o temporal de segunda-feira, 16 maio Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Tempestade em São Paulo
Temporal e rajadas de vento arrancaram árvore no Largo da Concórdia, no Brás, na região central,onde uma pessoa morreu Foto: Alex Silva/Estadão
Tempestade em São Paulo
Em Perdizes, na zona oeste,feridos foram socorridos e carros ficaram danificados durante o temporal desta segunda-feira, 16 de maio Foto: Alex Silva/Estadão
Tempestade em São Paulo
Corpo de Bombeiros foi acionadopara o Largo da Concórdia, no Brás, para prestar assistência às vítimas Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Tempestade em São Paulo
No Largo da Concórdia, no Brás,chuva causou estragos e deixou uma pessoa morta Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Tempestade em São Paulo
Marquise da Padaria Real, na Rua Alfonso Bovero, no Sumaré, na zona oeste da capital, cedeu durante a chuva, deixando feridos e danificando veículos q... Foto: Alex SilvaMais
Tempestade em São Paulo
No Terminal Bandeira, na região central da capital paulista, árvores caíram e atingiram estruturas Foto: Alex Silva
Tempestade em São Paulo
Chuva e ventos fortes contribuíram para cenário de destruição na região central Foto: Alex Silva/Estadão
Tempestade em São Paulo
Temporal atingiu áreas da região central. Na imagem, cruzamento da Rua Santo Antônio com a Rua Maria Paula, na Bela Vista Foto: Alex Silva/Estadão
Tempestade em São Paulo
Pancada de chuva afetou a rotina da capital no fim da tarde de segunda-feira, 16 de maio Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Tempestade em São Paulo
Carro foi esmagado por uma árvore que caiu no cruzamento da Avenida Doutor Arnaldo com a Rua Antonina Foto: Werther Santana/Estadão
Tempestade em São Paulo
A cidade de São Paulo amanheceu com mais de 100 árvores caídas; população e Prefeitura calculam o prejuízo Foto: Werther Santana/Estadão
Tempestade em São Paulo
Carros foram atingidos por árvores na esquina da Avenida Doutor Arnaldo com a Rua Bruxelas, no Sumaré, na zona oeste da capital paulista Foto: Werther Santana/Estadão
Tempestade em São Paulo
Um fenômeno raro conhecido comomicroexplosão causou os fortes ventosda segunda-feira, 16 de maio Foto: Werther Santana/Estadão
Tempestade em São Paulo
Teto e para-brisa do veículo foram totalmente destruídos pela árvore Foto: Werther Santana/Estadão
Tempestade em São Paulo
Na zona oeste da capital paulista, uma árvore caiu na Avenida Doutor Arnaldo, no cruzamento com a Rua Bruxelas;a região foi uma das mais prejudicadas ... Foto: Werther Santana/EstadãoMais
"Todos os eventos que são reconhecíveis, o alerta é expedido pela CGE. O evento que aconteceu ontem no centro de São Paulo não estava previsto. Eu mesmo fui informado de que haveria uma tempestade grande, mas ninguém previu essa microexplosão de ventos descendentes, que foi o que aconteceu e está sendo investigado pelos radares da Prefeitura", destacou.
Por ano, conforme o prefeito, a gestão municipal remove quase 3 mil árvores e poda cerca de 120 mil. Em relação às árvores velhas da cidade, Haddad admitiu que a administração tem dificuldade em identificar, por exemplo, árvores podres ou com cupinzeiros no interior.
"A poda é feita justamente para identificar eventuais patologias das árvores. Nem sempre a poda identifica. Se ela (patologia) está no interior ou na raiz da árvore, você não consegue identificar. O agrônomo fica na dúvida de expedir um laudo que permita essa remoção. Temos essa dificuldade", afirmou.