
25 de junho de 2013 | 02h01
A operadora escolhida foi a mesma do contrato ofertado na empresa onde havia trabalhado. "Eles sabiam do meu caso e eu, a forma como eles trabalhavam."
Seu filho, com mucopolisacaridose, precisa fazer aplicações periódicas de um medicamento ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "O remédio é gratuito, mas o plano de saúde tem de arcar com os custos da aplicação", conta.
O primeiro susto veio na renovação: um aumento de 40% na mensalidade. "Achei um valor altíssimo, mas resolvi continuar." No ano seguinte, veio o outro reajuste: também de 40%. "Obviamente, mantido esse ritmo, em pouco tempo não conseguiria mais pagar a mensalidade."
Judiciário. Com medo de ficar sem plano, ele recorreu à Justiça. "Fiquei sabendo depois que a operadora, nos planos empresariais, pode suspender o contrato a qualquer momento. Sem falar na liberdade para aumento de preços. É assustador."
Ele conseguiu na Justiça uma liminar, que reviu o reajuste. "Agora pago os reajustes da ANS (Agência Nacional de Saúde), calculados com base nos R$ 1,3 mil iniciais."
Se pudesse voltar atrás, diz o matemático, não teria nunca feito essa modalidade de plano de saúde.
"O pior é que ficamos sem nenhuma alternativa: pergunte a quem você quiser. A coisa mais difícil que tem é alguém ofertar, nos dias atuais, um plano individual." /L.F.
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