20 de abril de 2012 | 03h03
Ao contrário. Isso é molestar mesmo. É algo terminantemente proibido do ponto de vista religioso.
Mas pode ser uma questão cultural entre os dois países?
Se fosse uma questão cultural do país, ele não pode praticá-la aqui, porque isso aqui é proibido e ele tem de saber das leis do Brasil. Ele tem de saber o que pode e o que não pode, especialmente em questões como essa. Mas é preciso ver se isso aconteceu de fato, se esse abuso foi comprovado ou não. As crianças podem ser induzidas, é um assunto complicado, então precisa de uma investigação, para evitar injustiças de um lado e do outro.
E se realmente houve o abuso, como as crianças descreveram?
Religiosamente, isso é proibido, independentemente da idade. Tocar as partes íntimas de uma criança? Não conheço nenhuma religião que permita isso. E, mesmo se existir, a legislação brasileira, a Constituição e o Código Penal daqui são soberanos e têm de ser respeitados por todos que aqui estão. A pessoa pode argumentar: "No meu país pode". Tudo bem, respeitamos o seu país, mas aqui é proibido. É como a poligamia, que é permitida na religião islâmica, mas a Constituição brasileira proíbe.
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