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Natal ainda é festa religiosa?

Festa profundamente religiosa por evocar o nascimento de Jesus Cristo está perdendo a referência ao sagrado

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Por Redação
Atualização:

Um olhar atento para a decoração de Natal, por sinal criativa e esplendorosa, permite concluir que esta festa, profundamente religiosa por evocar o nascimento de Jesus Cristo, está perdendo a referência ao sagrado. Talvez por força do laicismo que, em muitos casos, teima em ser ateu. Não se veem referências ao aniversariante, não se encontram mais presépios, a feliz inspiração de São Francisco de Assis para apresentar de forma plástica a cena do Natal de Jesus. Papai Noel tomou o lugar de Jesus no Natal.

 

 

 

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Pensando na descristianização do Natal, a cada ano que passa mais evidente, é que tomamos a iniciativa de exortar os fiéis a celebrarem esta festa unindo reflexão, oração, solidariedade e a montagem do presépio. A reflexão permite ir fundo no significado do Natal. O Filho de Deus se faz homem para fazer de cada homem filho de Deus. Deus assume um rosto humano. O divino se humaniza e o humano se diviniza.

 

A oração nos coloca em profunda comunhão com Deus e nos proporciona uma experiência pessoal com o sagrado. No ouvir e no falar com Deus, o homem revê sua vida, sente-se filho de Deus e irmão de todos e encontra caminhos de superação dos muros de divisão.

 

O presépio chama atenção para a simplicidade do encontro de Deus com a humanidade. Não faltam no presépio, inclusive, apelos ao amor e respeito à família e até à natureza, na cena que mostra a pequena família de Jesus anunciada por anjos, visitada por pastores e cercada de animais.

 

Certamente o Natal, embora não tão religioso como era de se esperar, ainda evoca valores a serem preservados, como o encontro entre as pessoas, o sentar-se à mesa, a troca de presentes, a arte popular religiosa. A festa torna-se, porém, muito mais plena de sentido quando se coloca em destaque a realidade que para os cristãos é fonte de imensa alegria: Deus veio ao nosso encontro em Jesus Cristo.

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