
15 de outubro de 2013 | 03h42
Eles não têm por que se esconder, como se viu na Parada Gay de domingo, na Praia de Copacabana, zona sul carioca. "A camiseta no rosto é uma forma de despersonalizar a questão", explicou, ontem, o economista Eduardo Sá. Com "glittervandalismo", ele e outros 30 pink blocs se tornaram a grande novidade da 18.ª edição da parada. Com o intuito declarado de politizar a festa gay, mas sem se filiar aos black blocs, eles não ficaram o tempo todo com o rosto mascarado.
Não se trata de um grupo coeso, e sim "amigos dos amigos", de diferentes profissões, gays e heterossexuais, que têm entre 20 e 30 anos e compartilham o desejo de lutar contra "o patriarcado, o machismo, a homofobia, a transfobia e as organizações opressoras da felicidade humana", segundo dita o "Manifesto Pink Bloc".
Eles não sabiam, por exemplo, que existem outros pink blocs pelo mundo. No Facebook, há grupos na França e no Egito. O uso do humor é a marca. "O Pink Bloc é organizado de forma horizontal, descentralizada, vertical, de frente e de costas", brinca o videomaker Rafucko, outro integrante, no manifesto publicado em site. Eles já haviam participado de protestos nos últimos quatro meses, mas de forma discreta. Como outros manifestantes, foram alvo da repressão da polícia. Passada a parada gay, pretendem ir a mais atos.
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